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O diretor criativo da Fendi, Kim Jones, fez a sua estreia no ready-to-wear em grande estilo. Com uma coleção completamente sofisticada e que remete a uma mulher elegante, ele apresentou peças monocromáticas, principalmente nos tons de bege e caramelo. Além deste detalhe, Kim Jones também trouxe para a passarela — um labirinto de vidro — casacos pesados, peças de alfaiataria, seda, franjas, couro etc.
As botas cano alto e de salto baixo também chamaram atenção no styling durante o desfile. As meias-calças apresentadas na coleção
Com uma coleção inspirada no final dos anos 60 e músicos como Jimmi Hendrix e no bailarino renomado Rudolf Nureyev, a Etro trouxe para a passarela a união da música, dança e moda. A grife apresentou produções boêmias, cottagecore e urbano, com um ar bastante positivo para o outono/inverno 2021.
Podemos observar que a estilista, Veronica Etro, investiu em sua coleção, peças em alfaiataria, couro, brilho, animal print, estampas de tapeçaria, casacos com bordados e bordados gráficos, malhas em patchwork e jaquetas com tecidos reaproveitados. Um desfile totalmente inspirador.
A maison exibiu um desfile totalmente elegante, com peças que esbanjam sofisticação e leveza — muito a cara da Giorgio Armani. O estilista trouxe uma coleção com peças de tecido leves, patchworks, alfaiataria, brilho, aplicações, golas volumosas, capas de nylon e sobreposições.
A marca italiana, Tod's, apresentou uma coleção que uniu o sportwear a produções mais sofisticadas. O diretor criativo, Walter Chiapponi mostrou peças em couro, alfaiataria, transparência, gabardines com amarrações e um pouco dos anos 50.
Através de um desfile totalmente digital, a Prada exibiu a coleção feminina e masculina juntas. Miuccia Prada e Raf Simons mostraram em suas peças, uma alfaiataria em tons escuro combinada com blusas e macacões de segunda pele, leggings estampadas. Além disso, teve peças em tricôs, vestidos leves e com transparência, jaquetas oversized de naylon e casacos pesados.
A Max Mara celebrou os 70 anos da grife italiana, que foi criada para as esposas de médicos e advogados, apresentou uma coleção cujo foco foi o poder feminino. Com produções que uniu a mulher britânica e a italiana, os tons de caramelo e verde são cores que predominaram as peças, porém o amarelo chamou atenção.
Jaquetas bomber, tricô, alfaiataria, os xadrez príncipe de Gales e tartã, botas, lenço, vestidos e saias no comprimento midi fizeram a passarela da Max Mara.
O desfile feminino e masculino da maison aconteceu no palco do Piccolo Teatro di Milano totalmente vazio e virtual. Com uma pitada de drama moderno, o diretor criativo, Pierpaolo Piccioli apresentou uma coleção totalmente nas cores preto e branco — apenas o dourado apareceu como ponto de luz —, compondo o estilo romântico e o esportivo, dando luz ao estilo twist punk.
Peças em alfaiataria, brilho, jaquetas, saias plissadas, redes, rendas, capas, comprimento mini e longo, golas e transparência ilustraram o desfile da Valentino, que teve ao fundo a voz e som da cantora Cosima e Orquestra Sinfônica Giuseppe Verdi. Simplesmente uma apresentação deslumbrante.
A coleção de outono/inverno da grife foi inspirada na tecnologia, inteligência artificial e robótica, unindo ao DNA da marca: os anos 90. Vale ressaltar a referência ao World Music Awards de 1998. Com produções hi-lo e que com uma personalidade totalmente despojada e futurística, a dupla de desiners Domenico Dolce e Stefano Gabbana tiveram a proposta de apresentar a década para os jovens de hoje.
Cores metalizadas e holográficas, animal print, brilho, texturas plastificadas, volumes exagerados, pérolas, patchwork, o colorido, ombreira e meias 7/8 são a aposta da Dolce&Gabbana. E os materiais utilizados são veganos, em favor da sustentabilidade. Um desfile super cool!
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A marca da estilista Alice Temperly trouxe para as passarelas — virtuais — uma coleção de outono/inverno inspirada nos anos 60, com vestidos esvoaçantes, tecidos fluidos, couro, alfaiataria, moletons e veludo. Além do que, a coleção teve uma pegada sustentável.
A marca também trouxe para a sua coleção estampas com ar oriental, animal print e brilho. Um acessório que chamou bastante atenção foi a boina e a bolsa da marca. Plissado e babados também foram alvos do radar de tendência.
Um desfile inspirador com vestidos exuberantes de tule — que no qual, um dos vestidos levaram 36 horas para ser executado —, a estilista também trouxe o xadrez, alfaiataria e o tricô. Com produções punk, tanto feminina quanto masculina, a cor que mais predominou durante o desfile foi o vermelho.
Mais uma coleção inspirada nos anos 60, a marca Lupe Gajardo trouxe uma produção audiovisual com uma vibe de documentário mostrando os bastidores e os looks da sua coleção, que nos quais, remeteram ao luxo e ao conforto.
Porém, senti a ausência de modelos negros no casting também. Nos dias de hoje, algumas marcas insistirem nesta falta, é um problema.
A marca britânica, Paul Costelloe apresentou a sua coleção de outono/inverno 2021 com apenas cinco modelos. A cor amarela foi a peça-chave da sua criação, isso ficou evidente durante o desfile. Inspirado nos anos 60 — também —, o estilista trouxe o xadrez, meia-calça estampada, tie dye, mangas bufantes com muita elegância.
Algo que incomodou, assim como na apresentação de Lupe Garjado, foi a falta de modelos negros no casting. Em contraponto, outras grifes tiveram bastante diversidade.
Titulado por "Woman in Landscape", a coleção de outono/inverno 2021 da grife Yuhan Wang, mostrou com muita leveza, peças românticas com tecidos fluidos, estampas florais, renda, babados, peças estruturadas e meias-calças estampadas.
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Jornalista, produtora de moda e stylist, blogueira e escritora. Sonhadora, mas também tem o pé no chão. Romântica, ama escrever textos, frases, crônicas e contos. Ama moda, coisas antigas, arte e não vive sem música. Apaixonada por filmes, ler livros, fotografia e desenhar. Gosta de dar conselhos, ajudar as pessoas etc. "O futuro pertence aqueles que acreditam na beleza de seus sonhos."